Um chacareiro de 50 anos preso pela Polícia Civil do Distrito Federal confessou ter incendiado área de preservação e devastando 200 mil metros de vegetação na região do Lago Oeste. O fogo se alastrou por duas áreas de proteção ambiental (APA do Cafuringa e APA do Planalto Central).
O incêndio ocorreu em 12 de agosto, quando o chacareiro pôs fogo em uma parte de seu terreno para “limpar a área”. Com a seca, as chamas se espalharam e 10 casas também foram destruídas no incêndio.
De acordo com o depoimento do suspeito à Delegacia de Combate à Ocupação Irregular do Solo e aos Crimes contra a Ordem Urbanística e o Meio Ambiente (Dema), ele teria feito um curso de brigadista em 1999, mas nunca exerceu a profissão. Ele também estaria desempregado há pelo menos dois anos.
As investigações foram conduzidas pela Coordenação Especial de Proteção ao Meio Ambiente, à Ordem Urbanística e ao Animal (Cepema), por meio da Delegacia de Combate à Ocupação Irregular do Solo e aos Crimes contra a Ordem Urbanística e o Meio Ambiente (Dema).
A PCDF acrescentou que o Instituto de Criminalística já realizou perícia no local a fim de quantificar a área queimada. Além disso, segundo a corporação, o suspeito teria ameaçado com um facão servidores do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) que foram ao local para tentar apagar as chamas.
Com base nos elementos de investigação colhidos, foi possível indiciar o suspeito nos crimes de incêndio e de dano ambiental. Caso condenado, poderá cumprir uma pena de até 13 anos de prisão. Após as formalidades legais, o suspeito foi recolhido ao cárcere da Polícia Civil e agora permanece à disposição da Justiça.