O secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Sandro Avelar, afirmou que o ditado popular “em briga de marido e mulher não se mete a colher” se trata de um “erro grosseiro consolidado por gerações”.
“Todos temos de nos indignar com a violência praticada contra as mulheres. É inconcebível que uma pessoa seja capaz de pegar o telefone e discar o 190 para reclamar que há uma festa no vizinho, cujo som incomoda, mas essa mesma pessoa seja capaz de ouvir os gritos da vizinha pedindo socorro e não se manifestar, não se envolver”, comparou o secretário.
Em 2023, o DF registrou 33 feminicídios – o terceiro maior número de vítimas entre todas as 27 unidades da Federação do país. No primeiro semestre de 2024, porém, a quantidade de assassinatos de mulheres em razão do gênero caiu 64%: de 22 para oito casos.
Para o secretário de Segurança Pública, a redução do número de feminicídios ocorreu em razão de uma resposta repressiva da polícia, com a prisão dos assassinos, e também da participação da comunidade na conscientização quanto à importância de denunciar os casos de violência contra a mulher.
“Se tivermos um ou dois feminicídios, não há o que comemorar. Temos de comemorar o dia em que tivermos zero”, enfatizou Sandro Avelar.