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O calor extremo, considerado o fenômeno climático mais letal, pode tornar áreas do Centro-Oeste, Nordeste, Norte e Sudeste do Brasil inabitáveis em 50 anos. Utilizando dados de satélite, a Nasa, agência espacial norte-americana, fez análise das áreas mais vulneráveis do planeta e projeções de temperatura de “bulbo úmido”.
A temperatura de bulbo úmido, que combina temperatura e umidade do ar, é mais precisa para medir o conforto térmico e o impacto no corpo humano.
Por exemplo, 35°C de bulbo úmido equivalem a 45°C com 50% de umidade, resultando em uma sensação térmica de 71°C, mais escorchante do que no deserto.
As recentes ondas de calor nos Estados Unidos e Europa giram em torno de 30°C de bulbo úmido, enquanto lugares como Paquistão e países do Golfo Pérsico registram valores ainda mais altos.
Mesmo uma pessoa saudável superaquecerá e poderá morrer se permanecer numa temperatura de bulbo úmido superior 35°C por mais de seis horas.
A temperatura de bulbo úmido afeta diretamente o corpo humano, pois influencia o processo de resfriamento do organismo por meio da transpiração. Em ambientes com alta umidade relativa, a evaporação do suor é mais lenta, dificultando a dissipação do calor corporal e aumentando a sensação de desconforto térmico.