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Uma paciente de 37 anos acusa um médico da área de saúde da família por importunação s3xual. O cr1me teria ocorrido na Unidade Básica de Saúde (UBS) nº 8 do Vale do Amanhecer, no último dia 15.
A vít1ma, uma merendeira de empresa terceirizada contratada pela Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF), relatou o caso à Ouvidoria-Geral do Distrito Federal e registrou boletim de ocorrência na 16ª Delegacia de Polícia (Planaltina). A reportagem ainda não conseguiu contato com o denunciado; por isso, não divulgará o nome dele por enquanto.
A paciente contou que após uma crise de fibromialgia, procurou a UBS nº 8 e conseguiu um encaixe para uma consulta, na semana passada. Ao entrar no consultório do médico, ele teria desviado a conversa com a paciente, dito ser “n1nfomaníaco” e chamado a vít1ma de “gostosa”.
“Ele disse que eu era linda, mas estava gorda e tinha de emagrecer, contou a vít1ma. A merendeira acrescentou que o denunciado disse não ter reparado quando ela se sentou na cadeira do consultório, mas que a bunda dela deveria ser “muito grande e bonita”.
A vít1ma também relatou que o médico havia comentado que “o peso dele o atrapalhava muito” e que ele começou a se cuidar depois de ficar “br0cha”. O médico teria se levantado da cadeira, trancado a porta da sala e falado que mostraria a ela o quanto tinha emagrecido. “Ele levantou a blusa, tirou o cinto da calça e esticou o corpo, pedindo para eu olhar o abdômen dele”, detalhou a vítima.
A merendeira ressaltou que manteve a cabeça baixa, até que uma enfermeira bateu à porta do consultório, e o médico destravou a tranca. A profissional de enfermagem entrou na sala para trocar uma receita médica. Nesse momento, o médico respondeu que a enfermeira deveria mandar a outra paciente “enfiar uma r0la no cv”.
“Nesse momento, peguei a receita médica que ele terminava de escrever [para mim] e me retirei. Fiquei com medo, mas não quero me calar, pois acredito que ele deva ter feito coisa pior. Talvez, por atender uma população carente, acredita que ninguém terá coragem de denunciá-lo”, completou a merendeira.