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Apurações da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon), da PCGO, apontaram que a clínica da biomédica, a Ame-se, em Goiânia, não possuía alvará sanitário. Os policiais civis acionaram a Vigilância Sanitária de Goiânia, que compareceu ao local e interditou o consultório.
Grazielly Barbosa foi levada para a delegacia após receber voz de prisão em flagrante por crimes contra as relações de consumo.
Segundo os familiares, a influenciadora teve infecção generalizada após aplicação de PMMA nos glúteos. Aline, que conta com mais de 47 mil seguidores no Instagram, morreu em um hospital privado da Asa Sul, onde estava internada desde sábado (29/6). Antes, ela havia sido atendida no Hospital Regional da Asa Norte (Hran).
Testemunhas informaram à polícia que a modelo começou a passar mal logo após a intervenção estética feita pela biomédica Grazielly Barbosa, em 23 de junho deste ano. Os familiares lembram que a jovem voltou para casa, no Gama, e começou a ter febre e dor na barriga. Eles entraram em contato com a clínica, que recomendou apenas um remédio para dor de cabeça.
Na quinta-feira (27/6), Aline piorou e chegou a desmaiar. O marido a levou para um hospital particular na Asa Norte e, depois para o Hran, onde a jovem ficou internada por um dia e, depois, foi transferida a um hospital da Asa Sul.
Grazielly Barbosa é apontada como proprietária da clínica. No procedimento, a família informou que foi feita a aplicação de 30 ml de PMMA em cada glúteo. A biomédica chegou a visitar a vítima no Hran, ocasião em que afirmou que não tinha aplicado o produto PMMA, mas, sim, um bioestimulador. Acrescentou, ainda, que Aline poderia ter pegado uma infecção no lençol de casa, versão desmentida pela família.
Segundo os relatos, a influencer teria ficado o tempo todo de bruços, com as nádegas para cima e que nenhum medicamento dado no hospital surtiu efeito, possivelmente devido ao produto injetado.
Ainda de acordo com a família, Grazielly, mesmo sem autorização, mandou o seu pai visitar Aline no hospital, pois “ele seria pastor e faria uma oração por ela”.
A coluna não conseguiu contato com a defesa da biomédica. O espaço segue aberto para manifestação.